No passado fim-de-semana retirei-me para o centro de Portugal, um dos locais mais bonitos da nossa terra - Serra da estrela. O objectivo era passar tranquilamente um fim-de-semana de SPA, boa comida e natureza pura. Depois de alguma pesquisa na internet sobre potenciais hotéis na zona, decidi-me pelo H2Otel e fiquei maravilhada com a qualidade deste hotel. Partilho algumas fotos que não fazem justiça às instalações vistas a olho nú.
Primeiro, salta logo á vista a arquitectura surpreendentemente ergonómica e moderna, ao mesmo tempo que nos conquista com a sua sobriedade e subtileza. Encaixa-se nas montanhas como se fizesse parte delas há muito tempo.
Com enorme espaço para passear perto do hotel, está situado num "vale" lindíssimo onde o ar puro e o chilrear dos pássaros marcam quem por aqui fica.
Como o Hotel tem grande "nome" pelo seu SPA e maravilhosas piscinas...há que ir visitar esse espaço (Aquadome) rapidamente e contemplar a maravilha de que tanto se fala desde Dezembro de 2008.
sem dúvida é fantástico. Uma série de 3 piscinas (2 para adultos e 1 para crianças) de água quente e fria, enormes, com jactos e jacuzzi dentro delas. Certamente as melhores piscinas outdoor de qualquer hotel em Portugal onde já estive. Claramente imbatíveis também pela qualidade da envolvente.
Visto de fora aprovadissimo. E dentro? Será que a qualidade se mantém?
nem mais, não só se mantém como surpreende qualquer um e ultrapassa quaisquer possíveis expectativas. É algo inédito no nosso país e vale a pena visitar.
além de ter uma piscina com mais de 30 metros, onde se dão espectaculares braçadas. Tem uma área onde se pode nadar sem sair do mesmo sitio, e sem incomodar ninguém com os terríveis splashhh. Graças a uma corrente de água provocada por jactos.
Mas há mais...
A ponte leva os utilizadores a uma área de relaxamento com inúmeras "espreguiçadeiras" e portadas enormes de vidro, a apontar directamente para a Serra verdejante.
Sim e há mais uns pormenores únicos. Toda a água das piscinas interiores é quente. No piso zero uma grande piscina, no piso 1 uma série de jacuzzis envolvidos por rochas ergonómicas ao nosso corpinho.
A queda de água fantástica que favorece qualquer boa circulação. Mas de notar um pormenor fantástico. Dentro da queda de água existe uma espécie de caverna que tem passagem directa para a piscina, para a saída desta área de lazer multi-piscinas e para a área de relaxamente. Dentro desta caverna encontram-se os sanitários; o duche 360 graus, a cromoterapia - Sauna; a Sauna normal e os banhos turcos. Todo um conjunto de soluções que apaixonam os admiradores dos SPAS e dos contrastes de temperaturas. Nada melhor para desintoxicar a pele garanto-vos!!
O percurso perfeito seria:
100 braçadas na piscina que tem corrente de água - indoor; 15 minutos em banhos turcos; 2minutos em duches 360º; 15min de cromoterapia; duche 360º; um salto energético para as quedas de água e várias braçadas no circuito da piscina indoor-outdoor de água quente (existe passagem directa da piscina indoor para a outdoor); braçadas na psicina de água fria; volta para a indoor de água quente e por fim um relaxamento nos jacuzzis.
Está de parabéns.
Mas o SPA e o ambiente natural da serra, não são os únicos responsáveis pelo grande serviço deste Hotel. Os quartos são muitíssimo confortáveis, boa cama, boas almofadas, excelente WC. E a comida...ui ui...não é apta para quem está de dieta, pois seria demasiado frustrante. É de chorar por mais.
Um buffet ao pequeno-almoço com tanta variedade de pão, doces, queijos, frutas, charcutaria, nunca mais acaba.
Um buffet ao jantar com excelente s saladas, patés, fruta, salgados, queijos, charcutaria, carne e peixe.
Depois de boa comida, boa dormida, boa actividade física "aquática", só podemos sentir-nos "Estrelas" nesta Serra.
Vale a pena.
P.S.- não tenho qualquer participação no Investimento do Hotel nem fui contratada para marketeer do H2Otel...LOL. Gostei realmente deste espaço e considero-o único.
Já agora aproveito para dizer que vai ter termas com excelentes tratamentos dentro de1 Mês...um add-on importante para muitos.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
E depois do...paraíso
Depois do paraíso a bela rotina voltou a instalar-se agora com uns novos "add-ons".
Tenho seguido à risca (risca torta) o plano de detox...desde as algas marinhas, às sopas e sumos de fruta...bani comidas com conservantes e corantes e com tudo o resto que eu não conheço e que me parece químico. Agora os cereais são integrais com pouco sabor mas nenhuma maldade :) para este corpinho danone. O plano de detox também exige muita água...tem ido alguma (entre 1l a 1,5l por dia) e ginásio 2hrs por semana.
Tendo conseguido tudo isto...resultados resultados já há alguns. Notam-se melhorias a nível da digestão, da pele e da boa disposição/energia... muito bom!
Ainda agora cheguei (faz 2 meses amanhã) e já vou planear a próxima viagem cujo destino será... África novamente.
Está na altura de reviver experiências passadas em Angola, mas agora numa outra terra : Moçambique.
Deixo aqui um report de uma escritora que no mínimo comprovou as minhas teorias relativas ao meu mais que tudo e que despertou em mim um interesse adicional em visitar Moçambique.
Apesar de tudo, Margarida Rebelo Pinto
29 May 09
Os paraísos servem-nos para esquecer que o resto do mundo existe ou para nos lembrar que o mundo pode ser um lugar melhor? Depois de uma semana em Moçambique, onde visitei Maputo e as belas ilhas do Bazaruto e de Santa Carolina, regressei de África com a sensação de ter visitado uma outra face da terra.
Por mais filmes que se vejam, mais livros que se leiam, por mais documentários e notícias que nos passem debaixo dos olhos, África só pode ser absorvida, entendida e sentida in loco, com as suas cores e os seus cheiros, a sua beleza e a sua miséria, a sua música e a sua magia, a sua imensidão e as suas gentes. Foi preciso ir a África para finalmente perceber a nostalgia incurável, qual malária do coração, dos que lá nasceram, cresceram ou viveram, e que a descolonização obrigou a uma partida forçada.
O que mais me tocou em Moçambique foi o povo moçambicano: educado, afável, tranquilo, feliz. Apesar da miséria, apesar da fome, apesar das doenças, apesar de tudo. África é um continente sem filtro; tudo se vive à flor da pele e em carne viva. E tudo é brutal, seja o belo ou o horrendo. Mas os moçambicanos possuem uma doçura que deve ser só deles e que me conquistou para sempre. Viajei para lá contente e regressei feliz. Fui leve e voltei ainda mais leve.
À parte do clássico episódio da intoxicação alimentar, tive uma viagem de sonho, não só pela beleza de tudo o que vi, pela forma como fui tratada. Os empregados do Pestana Lodge no Bazaruto já sabiam o meu nome desde o segundo dia e quando foi preciso tratar da maleita, fizeram-me canja, maçã cozida e não descansaram enquanto não me viram outra vez com cores na cara. Ora este tipo de atenção não está incluído naquilo a que chamamos serviço de luxo. Um calor genuíno fez-me pensar como nos relacionamos com os outros, independentemente daquilo que eles nos possam dar em troca. Uma atitude generosa gera quase sempre generosidade do outro lado. A paz puxa a paz, a bonomia puxa a bonomia, a empatia gera empatia.
Não sei quando voltarei a África nem sequer se o que lá vivi perdurará na minha existência, mas tenho a certeza de que aprendi mais do que penso, de que vi mais do que acredito ter visto e de que guardei mais do que agora me lembro. O que eu sei é que me ficou na pele aquela forma de ser e de estar moçambicana, os sorrisos que dão a volta à cara toda, as músicas entoadas nas carrinhas de caixa aberta que atravessam a cidade ao fim-de-semana com dezenas de homens e mulheres a caminho de um casamento, a alegria natural e espontânea que nunca pode ser fingida nem fabricada. Há muito amor em Moçambique. Muito amor e muito prazer, apesar da fome, apesar da miséria, apesar de tudo.
Tenho seguido à risca (risca torta) o plano de detox...desde as algas marinhas, às sopas e sumos de fruta...bani comidas com conservantes e corantes e com tudo o resto que eu não conheço e que me parece químico. Agora os cereais são integrais com pouco sabor mas nenhuma maldade :) para este corpinho danone. O plano de detox também exige muita água...tem ido alguma (entre 1l a 1,5l por dia) e ginásio 2hrs por semana.
Tendo conseguido tudo isto...resultados resultados já há alguns. Notam-se melhorias a nível da digestão, da pele e da boa disposição/energia... muito bom!
Ainda agora cheguei (faz 2 meses amanhã) e já vou planear a próxima viagem cujo destino será... África novamente.
Está na altura de reviver experiências passadas em Angola, mas agora numa outra terra : Moçambique.
Deixo aqui um report de uma escritora que no mínimo comprovou as minhas teorias relativas ao meu mais que tudo e que despertou em mim um interesse adicional em visitar Moçambique.
Apesar de tudo, Margarida Rebelo Pinto
29 May 09
Os paraísos servem-nos para esquecer que o resto do mundo existe ou para nos lembrar que o mundo pode ser um lugar melhor? Depois de uma semana em Moçambique, onde visitei Maputo e as belas ilhas do Bazaruto e de Santa Carolina, regressei de África com a sensação de ter visitado uma outra face da terra.
Por mais filmes que se vejam, mais livros que se leiam, por mais documentários e notícias que nos passem debaixo dos olhos, África só pode ser absorvida, entendida e sentida in loco, com as suas cores e os seus cheiros, a sua beleza e a sua miséria, a sua música e a sua magia, a sua imensidão e as suas gentes. Foi preciso ir a África para finalmente perceber a nostalgia incurável, qual malária do coração, dos que lá nasceram, cresceram ou viveram, e que a descolonização obrigou a uma partida forçada.
O que mais me tocou em Moçambique foi o povo moçambicano: educado, afável, tranquilo, feliz. Apesar da miséria, apesar da fome, apesar das doenças, apesar de tudo. África é um continente sem filtro; tudo se vive à flor da pele e em carne viva. E tudo é brutal, seja o belo ou o horrendo. Mas os moçambicanos possuem uma doçura que deve ser só deles e que me conquistou para sempre. Viajei para lá contente e regressei feliz. Fui leve e voltei ainda mais leve.
À parte do clássico episódio da intoxicação alimentar, tive uma viagem de sonho, não só pela beleza de tudo o que vi, pela forma como fui tratada. Os empregados do Pestana Lodge no Bazaruto já sabiam o meu nome desde o segundo dia e quando foi preciso tratar da maleita, fizeram-me canja, maçã cozida e não descansaram enquanto não me viram outra vez com cores na cara. Ora este tipo de atenção não está incluído naquilo a que chamamos serviço de luxo. Um calor genuíno fez-me pensar como nos relacionamos com os outros, independentemente daquilo que eles nos possam dar em troca. Uma atitude generosa gera quase sempre generosidade do outro lado. A paz puxa a paz, a bonomia puxa a bonomia, a empatia gera empatia.
Não sei quando voltarei a África nem sequer se o que lá vivi perdurará na minha existência, mas tenho a certeza de que aprendi mais do que penso, de que vi mais do que acredito ter visto e de que guardei mais do que agora me lembro. O que eu sei é que me ficou na pele aquela forma de ser e de estar moçambicana, os sorrisos que dão a volta à cara toda, as músicas entoadas nas carrinhas de caixa aberta que atravessam a cidade ao fim-de-semana com dezenas de homens e mulheres a caminho de um casamento, a alegria natural e espontânea que nunca pode ser fingida nem fabricada. Há muito amor em Moçambique. Muito amor e muito prazer, apesar da fome, apesar da miséria, apesar de tudo.
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